Meus primeiros passos com Raspberry Pi

RasPi Inside

Saudações povo bacana! Após uma boa temporada sem postar, eis que tirei um tempinho para relatar minhas aventuras com meu novo brinquedo, o Raspberry Pi.

Antes de iniciar meu relato, gostaria de esclarecer alguns pontos interessantes sobre esse fantástico computador. Muitos talvez desconhecem, mas esse pequeno grande notável surgiu como uma alternativa para ensinar a criançada a programar e fuçar em eletrônica. O projeto no entanto ganhou a simpatia dos nerds e geeks de plantão e acabou virando coisa de gente grande. No site do Raspberry existem inúmeros relatos de casos de sucesso de uso do computador mais barato do mundo.

O RasPi, como vou tratá-lo doravante, é vendido pelo preço aproximado de $35 (Obamas), isso lá fora. Aqui no Brasil, um país de tolos, o preço gira em torno de R$180,00 (Dilmas) na Farnell Newark, com todos os tributos inclusos, sendo este o melhor preço em terras tupiniquins. Coisas do Brasil…

Quando li algumas publicações sobre o RasPi, confesso que não dei muita atenção. Achava que era coisa de maluco. Eis que após muitos relatos, em especial no Br-Linux e Br-Mac, culpa do Augusto Campos, interessei pelo produto e acabei entrando para o time de doidos.

Adianto que as possibilidades com o RasPi são muitas. Pode-se criar um pouco de tudo. Não que ele seja um computador completo, afinal, com 700 Mhz de processamento, 512 de RAM e um processador ARM, não dá pra esperar muitas coisa dessa maquininha. Ledo engano! O RasPi proporciona bastante coisa interessante. Ah, antes que eu me esqueça, existem dois modelos, o “A” e o “B”. Optei pelo segundo em virtude do dobro da velocidade e a porta Ethernet. =)

Raspberry Pi

Com o computador na mão, comecei organizar as coisas como queria. Inicialmente minha proposta foi montar um servidor de arquivos. De quebra deixaria o Apache configurado juntamente com o PHP e MySQL para brincar de programação nas horas vagas. Para fazer todas essa parafernália funcionar é necessário baixar o sistema operacional e botar a mão na massa.

No site do projeto você pode baixar uma das imagens disponíveis. Lá você encontra o Raspbian, customização do Debian para o RasPi, uma versão do Arch Linux para processadores ARM, o Risc OS, o Pidora, versão customizada do Fedora além do OpenELEC e RaspBMC, ambas voltadas para montar um servidor multimídia. No meu caso, optei pela imagem do Raspbian, o qual gira em torno de 400Mb.

Para fazer o bicho funcionar é necessário instalar a imagem em um cartão SD. O RasPi possui um slot para este tipo de cartão. Sugere-se um cartão de 4 GB, no meu caso, optei por um de  8 GB. Vai saber o que vamos utilizar não é? Com a imagem baixada e descompactada você pode fazer a transferência pelo Linux usando o comando “dd” [dd bs=8M if=imagem_raspbian.img of=/dev/sdxx] ou então pode utilizar o Windows para gravar. Todas as minhas tentativas com o dd foram frustradas, não consegui dar o boot no cartão, sendo assim, optei pelo uso do Win32DiskImager. Você pode baixar ele aqui. O processo é bem simples e rápido. Feito o procedimento, basta cutucar o cartão no slot e partir para o boot.

O RasPi possui uma entrada Ethernet, duas portas USB, uma VGA, uma HDMI, além da saída de som e entrada de energia. Se você quiser usá-lo apenas na linha de comando, por padrão o SSH já vem habilitado bastando apenas conectar o cabo de rede e ligá-lo. Obviamente muitos gostam de fuçar na interface gráfica, sendo assim, antes de ligar o aparelho é fundamental conectar o teclado e o mouse bem como a entrada de vídeo. Feitas as conexões, basta ligar a energia, o qual pode ser feito com um carregador micro-usb. A maioria dos carregadores funcionam porém, fique atento, a fonte ideal tem que ter 5 V com  500mA para o modelo A. O modelo B necessita de 1 A.

Se todo o procedimento acima tiver corrido normalmente (procedimento de gravação da imagem), após o boot o sistema entra em modo texto e fica aguardando o usuário configurá-lo. Usando o comando “raspi-conf”, o sistema abre um configurador onde o usuário pode dar uma personalizada no sistema e deixá-lo redondinho. Isso porém, irei tratar em outros tópicos onde vou relatar os primeiros passos do processo de configuração básica até a configuração do servidor de arquivos, Apache dentre outras experiências com o RasPi. Fiquem ligados e até lá!

2 comentários em “Meus primeiros passos com Raspberry Pi

    1. Olá Renato! Quanto a sua pergunta, isso vai depender da quantidade de informações que serão geridas e o tipo de aplicação utilizada. O Raspy é muito básico, portanto, não da pra esperar dele muita performance e poder de processamento. Se for algo rodando numa interface web, como exemplo sobre o Apache com PHP e um banco de dados, desde que não exija muito, talvez seja uma solução. Porém reitero que devido as limitações, pode não ser uma solução ideal. Aqui uso para armazenamento de dados num drive externo e servidor web em rede fechada e já tive problemas como travamentos.

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