A Apple e sua mania de matar as coisas

Que a Apple faz um bom hardware, disso ninguém duvida. Lógico que as vezes ela tropeça em algumas escolhas e acaba deixando os usuários furiosos. Outra coisa que ela também faz com maestria é matar seus produtos, o que frustra bastante seu público. Ano passado senti isso quando meu guerreiro, um MacBook Air de 2014 ficou fora da atualização do Monterey. Sim, fiquei chateado. O aparelho ainda tem gás pra muita coisa. Fizeram isso talvez pelo fato da mudança de plataforma (sai Intel entre Apple Silicon) e isso de alguma forma já era esperado, mas é foda (desculpa a expressão) ver um produto que ainda tem fôlego não receber novas versões do sistema operacional. Pra minimizar, até tentei rodar o Linux no Air, mas confesso que não me agradou.

Semana passada, zapeando pela net encontrei um vídeo no Youtube ensinando a instalar a versão mais atual do macOS em Macs antigos. Tive uma experiência frustrante algum tempo atrás quando tentei instalar o Catalina em um iMac de 2009 que rodava o El Capitan. Desde então, sempre desconfiei da efetividade dessas instalações. Na época o iMac ficou horrível e acabei vendendo.

O vídeo que me refiro e que pode ser acessado aqui , e trás uma nova dinâmica de instalação beeeeem mais simples do que a experiência anterior. Movido pela curiosidade, acabei tomando coragem e após ler a documentação do projeto e entendendo como as coisas funcionam, acabei criando o pendrive de instalação do Monterey. Acreditem é muito simples em relação a outras soluções que já vi por aí.

Hoje completo uma semana de uso intenso do macOS 12 em meu Air de 2014. O aquecimento, algo recorrente no Big Sur simplesmente acabou. O sistema roda absurdamente fluído, lógico, considerando o hardware da época, um i5 com 4GB de RAM e SSD de 480 GB, mas posso dizer que não perde em momento algum em relação ao Big Sur. Senti também um pequeno aumento na vida útil da bateria. Sinceramente, ficou perfeito, melhor do que imaginava e esperava. Pensa num sujeito feliz com tal mudança.

Na página do projeto no Github são disponibilizadas informações sobre o trabalho desenvolvido, inclusive já mencionam sobre o que vem sendo feito com o macOS Ventura e as dificuldades em função das mudanças implementadas pela Apple para a nova versão. Existe também muitas outras informações úteis. Vale a pena dar uma boa olhada caso seja do seu interesse.

Não dá pra saber se meu Air rodará o macOS 13, sistema que deve ser o último a ser disponibilizado para a plataforma Intel. Finalizando, estou deveras satisfeito em conseguir dar uma sobrevida a um hardware esquecido pela Apple. Pena que os dias do Monterey estão contados, pelo menos em termos de sistema atual, mas tá valendo.

Compartilhando e acessando com o Samba

Compartilhar arquivos em rede é sem dúvida uma tarefa que simplifica a vida de qualquer usuário, seja em casa ou no trabalho. Pra quem usa o GNU/Linux a ferramenta responsável para tal é o Samba.

Pra contextualizar, o Samba é um software que proporciona o gerenciamento e compartilhamento de recursos em redes com sistemas Windows, proporcionando não só o acesso a essas máquinas como também fazer o compartilhamento de pastas e arquivos em máquinas com o GNU/Linux e outros sistemas UNIX.

Como o processo de atualização do Samba 4, houve a necessidade de se fazer intervenção manual nas configurações do arquivo “/etc/samba/smb.conf”, vez que não há permissões para negociações de protocolos mais antigos, sendo necessário acrescentar duas linhas no arquivo “smb.conf” conforme imagem abaixo.

Visão geral do arquivo “smb.conf”

O processo de atualização do arquivo consiste em adicionar duas linhas na seção Global Settings. Para isso, no terminal digite: sudo nano /etc/samba/smb.conf e na seção mencionada insira as seguintes linhas sem aspas:

client min protocol = NT1

server min protocol = NT1

Terminada a edição do arquivo “smb.conf”, basta salvar usando “ctrl + O” e sair “ctrl + X”.

Na maioria dos casos a solução já resolve o problema, permitindo ao usuário acessar as pastas compartilhadas de outras máquinas na rede. Porém, recentemente o Debian/Sid recebeu algumas atualizações do Samba que fizeram com que o acesso as pastas compartilhadas deixasse de funcionar, gerando a mensagem conforme imagem abaixo.

Erro ao tentar acessar compartilhamento no Samba da maneira tradicional usando o Nautilus

Fiz inúmeros testes e pesquisei bastante sobre o ocorrido, porém não encontrei nenhum tipo de menção e/ou informação que levasse a uma solução. Durante os inúmeros testes, experimentei a mais simples das soluções, utilizar o caminho do compartilhamento no Nautilus, fazendo o seguinte:

Adicionando o caminho do local a ser acessado pelo Nautilus

Conforme a imagem acima, clicando em “Outros locais” no final da janela do Nautilus, em “Conectar a servidor” insira o caminho – smb://nome_usuario@endereço_IP/nome_volume_compartilhado – devendo ser observado que o usuário é aquele cadastrado na máquina que realiza o compartilhamento. Se a pasta compartilhada for em um sistema Windows, utilizar as informações do usuário. Se for um NAS, utilizar as informações do usuário cadastrado previamente. Deve-se colocar também o endereço IP do acesso, caso contrário não será possível finalizar a ação. Por fim, colocar o nome da pasta compartilhada, lembrando que o sistema é case sensitive, observando se está em maiúsculo e/ou minúsculo. Feito isto, após inserir as informações, abrirá uma caixa onde deverá ser digitado a senha de acesso. Se tudo correr bem, o acesso será liberado sem maiores problemas e você terá acesso novamente aos seus arquivos em rede.

Antes de finalizar, alguns esclarecimentos. As configurações do Samba foram feitas no Debian Sid e no Fedora 36, portanto, acredito que funcionará em qualquer outra distribuição. É necessário ter o Samba instalado para que o acesso funcione. Nas demais interfaces (KDE, XFCE, Mate, etc..) procurar o caminho relacionado a REDE para que seja inserido o endereço para acesso ao compartilhamento.

Essa postagem te ajudou? Se positivo, deixe seu comentário e compartilhe ela em suas redes sociais para ajudar outras pessoas. Até a próxima!

[]’s

E agora? Ferrou tudo.

Quando pinta uma tela de atualização de um sistema operacional, o povo fica eufórico! É comum quando novos softwares são lançados, os usuários correrem para atualizar. Nada melhor que novidades, especialmente quando são implementadas as tão solicitadas melhorias e principalmente, mudanças na interface gráfica. Tem gente que perde até o sono.

Já passei por essa fase. Confesso que nada mais agradável, ou não, em experimentar novidades. Sempre que um lançamento era disponibilizado, eu tava lá, pronto pro download. Porém, atrás das novidades sempre surge a dor de cabeça. Recordo de uma atualização do Ubuntu. Como sempre, curioso, nas vésperas de apresentar um trabalho na faculdade, não superei o desejo de instalar a nova versão e pimba. Ferrou tudo. Por sorte, apesar do aborrecimento, tinha becape do que precisava. Dureza foi ter que reinstalar o sistema antigo e reconfigurar na unha os drives da placa de vídeo que não era suportada. Maldita VIA.

Mês passado foi bastante agitado no universo dos sistemas operacionais. Foi lançado o Windows 11, o Ubuntu 21.10 e o macOS 12 (Monterey). Para amanhã (02/11), está previsto o lançamento do Fedora 35. Ambos os sistemas estão cheios de novidades. Certamente isso será motivo de upgrade. Porém, vale lembrar que nem sempre a mudança poderá se comportar da maneira que o usuário espera.

Em todos os sistemas que mencionei, da pra fazer a upgrade, ou seja, baixar a nova versão sem precisar formatar. Na moral, se eu fosse você não faria isso! Sério mesmo. Por mais que os desenvolvedores afirmem que é tranquilo e seguro, sempre pode dar errado. Não é pessimismo, é real. Vai dar errado! Acaba que algo não acontece conforme deveria e podem surgir diversos problemas, principalmente com incompatibilidade de drives e, assim, acabará ferrando com seu computador. Se você não tem experiência e habilidade, considere isso, apesar que formatar do zero é um saco.

Microsoft sugerindo a upgrade do Windows 11. Se eu fosse você eu esperava!

Normalmente quando se atualiza um sistema operacional fazendo upgrade, é necessário considerar vários fatores. O primeiro deles tem haver com espaço em disco, afinal, é preciso baixar um arquivo de tamanho considerável, o qual ocupará uma grande parcela de seu disco, devendo sobrar espaço suficiente para que ocorra a troca do sistema. Não havendo tal espaço, pode, não quer dizer que é regra, acontecer algum problema e o novo sistema não ser instalado. Considere que, com a upgrade, haverá uma troca. Sai o antigo, entra o novo. Sistemas Operacionais são complexos e nessa hora, se der algo errado, você poderá enfrentar problemas e sua máquina simplesmente morrer, sendo necessário ajuda técnica especializada. Avalie também se já existem drives compatíveis para o novo sistema.

Por fim e não menos importante, é sabido que novos lançamentos de sistemas operacionais, por mais que sejam testados pelos desenvolvedores, sempre ficará algo por fazer, o que poderá impactar na upgrade e consequentemente no bom funcionamento da máquina. No caos do Windows 11 por exemplo, foram identificados inúmeros problemas como a nova barra de tarefas, há relatos de problemas no sistema de pesquisa, vazamento de memória, internet lenta além de problemas com CPUs da AMD, dentre outros que estão deixando os usuários frustrados. Não que uma instalação limpa resolverá tais problemas, os quais são pontuais e atingiram alguns usuários, mas lembre-se, isso pode acontecer com qualquer um, afinal, é uma pancada de hardware que o Windows suporta. Lembre-se também que existem requisitos de hardware para que o novo sistema seja instalado. Considere também fazer o teste de compatibilidade.

Já no caso do macOS 12, foram relatados problemas com docks e hubs USB-C. No Ubuntu 21.10, até então, a principal insatisfação talvez esteja no uso dos SNAPs (Firefox), pacotes padrão criados pela Canonical e também com problemas de travamento no GDM além é claro da mudança para o GNOME 40. Não que isso seja um problemão, mas de certa forma impacta no cômputo final. Mudanças geram resistência.

Dizem que se conselho fosse bom, não se dava, se vendia, mas se você deparar com alguma tela de atualização para seu sistema, seja qual for, pense bastante antes de fazer a upgrade, afinal, seguro morreu de velho e se você utiliza seu computador para trabalho e não possui outra alternativa, é sempre prudente aguardar o amadurecimento do software e esperar para a próxima atualização. Porém, se ainda não se aguentar, a coceira for maior que a prudência, não esqueça de fazer um becape de seus dados e torcer para que tudo ocorra como deveria, não se esquecendo, claro, que a instalação limpa, ainda é melhor que uma upgrade.

Até a próxima!

[]’s

De volta pro aconchego

Após nove meses, eis que resolvi voltar aqui pra falar um pouco sobre o blog e meus possíveis projetos para ele. Nove meses é uma gestação, daí, ao longo desse período, entre altos e baixos, adiei por algumas vezes retomar o projeto e tocar em frente a ideia inicial que sempre foi escrever sobre Linux e tecnologia em geral. Acho que agora vai nascer!

Todo sumiço sempre vem acompanhado de uma boa ou má desculpa. Falta de tempo, falta de assunto, falta de inspiração. Isso, aliado a comodidade, acaba fazendo com que deixemos na gaveta aquele projeto que nem sempre foi prioridade e que com o tempo, empoeira na memória. Isso é ruim, afinal, quem não é visto, não é lembrado.

Quando iniciei o blog, lá no ano de 2007, estava cursando o terceiro período do curso de Sistemas de Informação. Foi num sábado, num rompante. Pariu! De lá pra cá, muita coisa boa e ruim aconteceu. O fato é que consegui perder o medo de escrever e comecei a botar pra fora minhas ideias. Se agradei, bom. Se não, ao menos tentei deixar minha opinião. Partindo do princípio de que o blog é um repositório de ideias, quando volto nas postagens antigas, vejo o quanto de valor foi agregado, especialmente na minha maneira de ver as coisas.

A penúltima postagem – peguei ela como referência de decadência – foi uma maneira de tentar manter viva a ideia inicial. Escrever sobre minhas experiências. Já a última, diria que foi a pá de cal. Se for contabilizar a audiência nos últimos tempos, seria inclusive motivo para salvar o conteúdo num arquivo ZIP e excluir a página. Mas pensando bem, nunca me apeguei em números e de alguma forma se tivesse tomado tal atitude, estaria frustrado e o principal, indo contra o que pensava e ainda penso, afinal, desde que iniciei este projeto pessoal, sempre o fiz pensando que eu conseguiria vencer meu medo de escrever para algum público. Acho que consegui algo. Foram 322 postagens ao longo desses anos, com postagens que bateram recorde de acesso, como por exemplo meu relato sobre upgrade de SSD no meu antigo MacBook. Enfim, foi bastante produtivo e gerou bastante discussão.

Os últimos 18 meses foram interessantes. Desculpa por falta de tempo para produzir conteúdo aqui não vai colar. Os que me conhecem sabem bem que tempo é o que mais tenho. Após cumprir com êxito minha carreira profissional, me aposentei no início de 2020 e desde então tenho me dedicado a cuidar de minha esposa, de minha filha e de minha vida. Apesar de dispor de tempo, mesmo assim não dediquei a este modesto blog algum momento para fazer ele funcionar como deveria. O bom da internet é que escreveu e publicou, tá ali. Os motores de busca sempre vão direcionar a ele, mas quanto menos atividade, mais fadado ao esquecimento fica.

Nesse meio tempo, após a merecida aposentadoria, não parei de estudar e me atualizar sobre os assuntos que sempre gostei. Aproveitei também para finalizar uma pós graduação em Redes e Segurança, iniciei também vários cursos na área de segurança, front-end, infra, cloud e até arrisquei no marketing digital. Por fim, iniciei esse mês mais uma pós na área de Segurança da Informação, assunto que sempre me agradou e que está em alta. Não sei onde vou parar, afinal, estudar é algo que sempre gostei e me motiva. Dito isso, estou de volta pro meu aconchego e com muitas ideias na cabeça. Pretendo, não sei com qual frequência, voltar a registrar aqui no blog minhas experiências com a tecnologia e afins, seja dando pitaco com minhas opiniões, escrevendo algo relevante sobre algum assunto que esteja em voga e também trazendo alguma solução que me atendeu e que pode lhe ajudar também. Que não seja promessa de fim de ano! Vida longa ao blog e feliz em voltar a escrever por aqui. Que vocês tenham paciência!

Saúde e paz a todos!

[]’s

Que tal impulsionar a sua carreira?

Boot Camp IGTI

O ano de 2020 foi bem atípico. Havia estipulado algumas metas para minha capacitação que não puderam ser cumpridas em função da pandemia e tive que buscar alternativas que possibilitassem fazer os cursos que tanto desejava.

Um de meus objetivos era iniciar aquele ano fazendo alguns cursos presenciais. Já havia inclusive olhado alguns centros de treinamento, mas tudo veio por terra com o distanciamento social.

Pesquisando na internet, encontrei duas opções que me pareceram bastante interessantes. A primeira delas tratava de um treinamento de cinco semanas, direcionado a pessoas que desejavam se capacitar em marketing digital. Sempre tive interesse, mas eu queria algo mais voltado a minha formação na área de TI. Continuando minha pesquisa encontrei o Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação – IGTI.

O IGTI é uma instituição de ensino superior credenciada pelo MEC que é referência nacional na formação de profissionais de TI e Tecnologias Emergentes. Eles possuem uma grade bastante interessante de cursos de pós-graduação além dos Boot Camp, sendo este último uma modalidade de treinamento de curta duração e que prioriza ao aluno colocar a mão na massa literalmente.

O primeiro Boot Camp que realizei foi de Analista de Cybersecurity, o qual agregou uma gama enorme de novas informações. É o tipo de curso que te prende do início ao fim, apesar de exigir muita dedicação do aluno. O Boot Camp é no formato EAD e te possibilita uma abordagem hands-on de alto impacto, possibilitando um aprendizado mais rápido do que o tradicional.

Já o segundo Boot Camp que me inscrevi, Administrador Linux, veio agregar valor ao que eu já conhecia. Foram dois meses e meio intensos e de muita prática, conteúdo de qualidade e mão na massa. Aliás, esse é o grande diferencial dos Boot Camp do IGTI. Tem que executar pra chega ao final com a pontuação necessária para carimbar o certificado.

Se você tá a fim de agregar conhecimento de qualidade, aprender novas tecnologias, da uma olhadinha em um dos treinamentos disponíveis e aproveita essa oportunidade. O valor é só da inscrição e bem em conta e você também pode se inscrever para ganhar uma bolsa, o qual vai proporcionar muito conhecimento, além é claro de alavancar a sua carreira. Clique aqui para se informar sobre o Boot Camp. O que está esperando? Corre lá! Eu fiz e recomendo. Abaixo você confere os treinamentos ofertados pelo IGTI.

– Administrador Linux
– Agile Expert
– Analista de Banco de Dados
– Analista de Cybersecurity
– Analista de Machine Learning
– Analista de Processo de Negócios
– Arquiteto Cloud Computing
– Arquiteto de Software
– Cientista de Dados
– Desenvolvedor Busines Intelligence
– Desenvolvedor Front End
– Desenvolvedor Full-Stack
– Desenvolvedor Mobile Apps
– Desenvolvedor Python
– Líder de Transformação Digital
– Profissional DevOps
– Programador de Software Iniciante
– UX Designer