Faz exatamente uma semana que meu Kindle chegou e estava ansioso para compartilhar minha experiência sobre esse pequeno notável. Apesar de não ser a versão mais atual do leitor de livros digitais, a Amazon não decepcionou em trazer esse aparelhinho mágico para o Brasil.
Desde minha primeira experiência com livros digitais através do Positivo Alfa, estava aguardando ansiosamente a Amazon desembarcar em terras brasileiras com seus produtos e claro, trazer jundo o Kindle. Muitos vão dizer que a empresa de Jeff Bezos pisou na bola, que poderia ter lançado o modelo Paperwhite ou até mesmo o Fire, mas acreditem, a versão comercializada por aqui não deixa a desejar em nada.
Voltando alguns anos no tempo, logo que a Positivo tentou se aventurar nesse universo, quando laçou seu Alfa, não pensei duas vezes, entrei de cara nessa nova experiência, afinal, sou um leitor compulsivo. Apesar do preço altíssimo na época e até mesmo hoje, arrisquei e comprei o leitor. A experiência no princípio foi digamos, razoável. Pegar um aparelho produzido por outra empresa, colocar uma ROM customizada e imprimir um logo é fácil. Logo surgiram as primeiras reclamações do produto e principalmente, assistência descente. Realmente a experiência não foi das melhores, mas quebrava o galho. Logo em seguida o iPad resolveu esse problema em partes. Vale lembrar que uma coisa é ler numa tela e-ink, a outra, no iPad. Acho desnecessário repetir essa reclamação. Com isso, intercalava minhas leituras no Alfa, iPad e por fim no Galaxy Tab2.
Apesar de meu descontentamento com a leitura num tablet, afinal, nunca deixamos de dar aquela espiadinha no e-mail, twitter ou mesmo no facebook, o que faz com que percamos a concentração na leitura, sempre quis investir em um leitor melhor. Quem sabe um dia, um Kindle? Isso dependia é claro da Amazon e eis que pra felicidade geral da nação, no final do ano passado fomos surpreendidos com a chegada da loja americana por aqui. De forma modesta, ela veio e trouxe o seu modelo do Kindle mais básico. Por 300 Dilmas podemos comprar um leitor de livros digitais decente. Dei uma boa olhada também no Kobo da Livraria Cultura. Cem reais a mais não seria uma grande diferença. Após ler, reler, ver muitos vídeos pelo Youtube da vida e debater com inúmeras pessoas, não tive dúvidas, o Kindle era o que eu estava procurando. No review abaixo, publicado no PontoGeek, nota-se a qualidade do Kindle. Pra quem ainda tem dúvidas, nada melhor do que assistir e tirar suas conclusões.
Apesar de uma pequena queda pelo Kobo, optei pelo Kindle por duas razões. Primeiro a simplicidade de todo o sistema. Basta um cadastro no site da Amazon e pimba! Só sair escolhendo seus livros e óbvio, comprá-los. Existem bons títulos com preços bem camaradas e também livros gratuitos. O segundo e mais importante, foi a questão do email @kindle.com fornecido. Achei isso tremendamente bacana. Achei um livro em PDF e gostei? Basta mandar com o assunto “Convert” para seu email@kindle.com e o arquivo é convertido para o formato AZW3, bastando após só sincronizar e baixá-lo para o gadget. Vale ressaltar aqui que a qualidade da conversão é bacana. Simples, fácil e sem dores de cabeça. O único aspecto digamos ruim no Kindle está relacionado à expansão de memória e também não suportar o formato ePub, padrão amplamente usado no mercado. Já no Kobo, podemos colocar um micro SD e entupi-lo de livros além de ter suporte para o ePub e Mobi, arquivo suportado no Kindle. Já no leitor da Amazon, dependemos de apenas 2 GB e mais 5 GB disponibilizados na nuvem para o usuário. Quanto aos formatos, não vejo isso com muito problema. Nada que o Calibre não resolva.
Em resumo, apesar do Kobo ser touch e ter uma interface mais acabada, ainda sim o Kindle é um show à parte. Sua simplicidade supera qualquer coisa existente na concorrência. Daí você me pergunta: Vale a pena comprar um Kindle? Sinceramente, claro que sim! A experiência aliada a simplicidade, supera qualquer outro aparelho ou tablet, sem considerar o preço bacana em que ele está sendo vendido. Recomendo a todos e boa leitura!